Nascido na cidade de Monte Azul Paulista em 24 de julho de 1919,
Benedito Teixeira é a maior personalidade que o América já teve em sua
história. Da ponta esquerda à presidência, Birigui, como popularmente
como ficou conhecido, escreveu uma história de amor jamais igualada no
futebol brasileiro.
Mudou-se para São José do Rio Preto com a família em 1936 e
começou a jogar pelo Palestra. Depois atuou no Rio Preto, Catanduva e
Inter de Bebedouro.
Porém, o América foi seu grande amor. Foi o 1º
ponta-esquerda da equipe em 1946 e jogou até 1949. No ano seguinte foi
treinador entre maio e junho.
Depois de jogar e de treinar a equipe, Birigui foi diretor de futebol,
vice-presidente e assumiu a presidência em 1972, permanecendo por 23
anos. Neste período o América jamais foi rebaixado, sempre se mantendo
entre os clubes de maior importância do Interior.
Ganhava a vida como balconista de farmácia. Depois foi
representante farmacêutico e comerciante de café. Mas o América vinha
sempre em primeiro lugar, deixando por muitas vezes os seus negócios em
segundo plano. Era nítido o brilho em seus olhos quando falava de sua
paixão.
Procurou sempre fazer patrimônio, afirmando que o time só
permanece vivo se os tiver. Quando vendia algum jogador, não pensava
duas vezes. Injetava quase tudo na construção do novo estádio.
Ao final de 17 anos de obras e com investimentos de US$ 30 milhões, o
seu maior sonho foi concretizado. No dia 10/02/1996, foi inaugurado o
estádio o qual leva seu nome: "Estádio Benedito Teixeira" ( Teixeirão
), com capacidade para 55.000 lugares.
Em 2000, o eterno presidente do América adoeceu devido ao
tabagismo. Fumava três maços por dia. Quando começou a ficar debilitado
reduziu a cota para 10 cigarros diários.
O homem mais importante da história do América morreu, aos 82 anos, às
7:45 horas da manhã do dia 10 de janeiro de 2001, uma quarta-feira,
após ficar uma semana internado, em razão de problemas pulmonares.
Birigüi deixou uma lacuna que jamais será preenchida. Até
hoje, é um dos dirigentes mais lembrados na história do futebol
paulista, principalmente pela simplicidade e eficiência que o
caracterizavam. Energético e ao mesmo tempo compreensivo.
Ficou conhecido também como "A Grande Raposa do Interior" devido a sua
habilidade de comprar e vender craques. Tinha faro, visão, sabia das
coisas.
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