Nascido em Floreal no dia 30 de março de 1972, o goleiro Willians Cesar Muniz começou a carreira no América de Rio Preto, atuou no Novorizontino, Olímpia, Juventus, Sampaio Corrêa-MA, Santo André, Taquaritinga, Oeste de Itápolis, URT de Patos de Minas, Guaratinguetá e São José, onde pendurou a chuteira. No vermelhinho rio-pretense, ele contribuiu com três acessos e foi campeão do Paulista de Aspirantes de 1992.
Willians decidiu seguir a carreira dos irmãos, o meia Zé Roberto, também revelado no América, e o goleiro Silvio, com passagens por vários clubes. Com muita elasticidade e segurança, ele fez as primeiras defesas em times de garotos de sua terra natal. Resolveu participar de uma peneira do América, promovida em General Salgado por Zezinho Soldado, pai do ex-volante Negão. Aprovado, chegou no Rubro em fevereiro de 1989 e foi comandado no sub-20 pelo técnico Marcão Favarini.
Estreou no profissional no dia 20 de outubro de 1991, no empate sem gols com o Novorizontino, em Novo Horizonte, pelo Paulistão, escalado de última hora pelo técnico Arthur Bernardes. Participou da campanha do título estadual de Aspirantes em 1992. “Não joguei a final contra o Guarani, no Morumbi (vitória americana por 3 a 2), porque fui defender o profissional contra o Mogi Mirim”, recorda.
No ano seguinte, ele ajudou o América a subir da Intermediária para o Paulistão e a ser campeão do Grupo A do torneio seletivo paulista, classificatório para o Brasileiro da Série B. O Rubro superou Novorizontino, Noroeste, Marília, Botafogo e Ferroviária. No Grupo B, classificou-se a Ponte Preta, que levou a melhor sobre Inter de Limeira, São Caetano, Juventus, Sãocarlense e Ituano.
Permaneceu no América até 1997 e retornou em 2001, depois de defender Novorizontino, Juventus e Sampaio Corrêa. “Em 2001, ficamos em 5º lugar no A-2 (atrás de Etti Jundiaí, Santo André, Juventus e Ituano). Os cinco subiram para o Paulista”, recorda. No ano seguinte, os grandes (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) disputaram o Torneio Rio-São Paulo e o Ituano foi o campeão estadual.
Defendeu o Juventus no jogo que poderia rebaixar o Corinthians
Em 1997, o América emprestou Willians ao Novorizontino, que estava na Série A-2. “Chegamos ao quadrangular final, mas subiram Matonense e Ituano. Nós e o Santo André morremos na praia”, informa o ex-goleiro. No segundo semestre, defendeu o Juventus na Série C do Brasileiro, que reuniu 64 clubes. O time da Mooca foi vice-campeão e subiu para a Série B junto com o campeão Sampaio Corrêa. Francana e Tupi de Juiz de Fora-MG ficaram em 3º e 4º, respectivamente.
A diretoria juventina comprou o passe dele junto ao América. “Fiquei no Juventus até março de 2001, com uma saída por empréstimo em 1999 para disputar o Brasileiro da Série B pelo Sampaio Corrêa, a convite do técnico Roberval Davino”, relata.
Em 2001, Willians retornou ao América e no segundo semestre atuou no Olímpia durante a Copa Paulista. Jogou o Brasileiro da Série C pelo Santo André em 2002 e no ano seguinte voltou ao Juventus, onde ficou até 2004. “Participei daquela partida entre Juventus e São Paulo, que poderia provocar o rebaixamento do Corinthians para a Série A-2”, recorda.
No confronto do dia 14 de março de 2004, Willians sofreu uma lesão no ligamento do tornozelo esquerdo e foi substituído por Fernando, aos 30 minutos do primeiro tempo, com o placar em 0 a 0. Logo em seguida, Grafite abriu o placar para o Tricolor e fez o segundo no final do primeiro tempo. Terrão descontou para o Juventus na etapa final.
Willians ainda atuou no Oeste, Taquaritinga, URT e, em 2006, subiu com o Guaratinguetá do A-2 para o Paulistão. Parou depois de defender o São José, em 2008. Foi preparador de goleiros do Juventus de 2008 a 2010 e há cinco anos trabalha no Centro de Formação de Atletas do Corinthians. Casado com Leila e pai de Luiza, ele mora na Mooca, em São Paulo.
FICHA TÉCNICA
Novorizontino 0
Maurício; André Luis, Fernando Baiano, Valter e Jerônimo; Marcão, Luis Carlos Goiano e Cléber Gaúcho (Flávio); Edilson, Ciro e Robson (Edmilson). Técnico: José Teixeira.
América 0
Willians; Dema, Pádua, Amaral e Paulo Afonso; Ryuler, Edinan, Ivair (Clóvis) e Cleomar (João Santos); Gil Catanoce e Robinho. Técnico: Arthur Bernardes.
Árbitro: Dionisio Roberto Domingos.
Renda: Cr$ 973 mil.
Público: 2.119 pagantes.
Local: estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte, no domingo, dia 20 de outubro de 1991, pela 22ª rodada do Paulistão, na estreia de Willians no gol do América.
FICHA TÉCNICA
São Caetano 0
Anselmo; Zé Carlos, Cléber (Fabinho), Tobias e Carlinhos Echaporã; Rodnei, Luis Carlos Garcia e Cocan; China e Reginaldo. Técnico: Fedato.
América 4
Willians; Xande, Renato Carioca, Roberto Fonseca e Julimar; Negão, Roberto Alves, Clóvis e Cleomar; Cleber Arado e Cacaio. Técnico: João Carlos Costa.
Gols: Cleber Arado aos 40 segundos e Roberto Alves aos 43 minutos do 1º tempo. Roberto Fonseca aos 25 e Cacaio aos 32 minutos do 2º tempo.
Árbitro: Antônio de Pádua Salles.
Renda: Cr$ 46,530 milhões.
Público: 1.873 torcedores.
Local: estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, no domingo, dia 9 de maio de 1993, pela Série A-2, quando o Rubro garantiu a volta ao Paulistão.